Tuesday, May 26, 2009

Ponteiros Congelados


Precisamos volta para a terra, quando perdemos tempo demais em netuno, saturno ou qualquer outro planeta por aí...
É saboroso ver tudo limpo ao seu redor, ver tudo transparente, organizado, purificado. Quando finjo me acostumar com a bagunça ao redor, descubro que posso ter sido um gari. Não neste mundo. Claro que não! E garis – em sua maioria – estão saturados de folhas secas, garrafas e sacos de compra. Mas suponho que há um espírito de diversão nesta desgastante atividade.
Pratos limpos? Com certeza! Passar esponja ensaboada na louça uma vez, sempre deixa resíduo de gordura animal, vegetal... Prefiro repassar a louça. Mesmo assim sempre a “falsa” visão de gordura me persegue. Louça, limpeza... Papo de “mulherzinha”? Não! Somos homens da era contemporânea, somos cada vez menos machistas. Igualdade laboral é o que há! Mesmo assim, não pretendo vir a lavar roupas...
Com certeza elas querem muitas flores. Querem um mundo de cores, luzes e flores de diversas espécies. Mas eu quero um pouco de fogo, para meditar, para sonhar e contar estrelas...
Crateras se abrem ao redor do meu caminho: muita terra, cimento e tubos de concreto. Além de árvores decepadas, em prol ao urbanismo. E viva o futuro!
Mas preciso do passado, que não devia ter passado sem deixar tempo para o expresso presente. Quero árvores centenárias, para contar folhas que caírem. E observar a vassoura do gari, varrendo sem direção exata...
Quero celebrar ao redor da fogueira, quero ouvir Bob Dylan e aprender a tocar gaita de boca. Vou viver com o mesmo tempo do passado. Congelar os ponteiros em formas de gelo e beber uísque com este gelo. Apenas quero sentir o vento agitar os papéis do trabalho, antes de sonhar com uma lua de diamantes...
Foto: Lu "Coração" Fronza

Saturday, May 23, 2009

Polvo


Este é o polvo gigante, que vive no horizonte e que pega passe para embarcar no latão. Consegue abranger todos os seus sonhos, toma café com o presidente e pilota um caça simultaneamente. Suas cortinas se movem através dos tentáculos infernais
A criatividade de sua infância fora sabotada, mas ele ignorou e prosseguiu vendendo produtos vagabundos e criando “palitos” para enlouquecer a mente feminina. Continua interrompendo sua vida, com promessas de um capítulo ainda mais emocionante e críticas políticas, ainda mais construtivas.
O polvo te convida para dançar, mas lhe oferece vários “braços gêmeos”: sua cabeça opta pela direita, por ser a única opção clonada e “sorridente”.
Você me faz pensar em tomar um sorvete. Você me ensina a contar os fios do cabelo e me desconecta novamente dos braços do polvo. Preciso sentir tudo o que há em sua pele e ouvir o som de seu assobio...
Estou fisgado na tangerina podre, mas você sabe muito bem como fazer um nutritivo suco de tangerinas podres ou então limonada suíça. Água e frutas me causam confusão, pois não entendo de medidas, a não ser de medidas provisórias, para benefícios de curto prazo.
Preciso beber um chá digestivo, ou qualquer droga que alivie minha azia: há um “inferno aziático” para bloquear um sorriso forçado...

Thursday, May 21, 2009


Ler: No Lugar das Janelas

Wednesday, May 20, 2009

Mente Novelística

Comprei um belo suéter para trabalhar, mas ele estava furado e cheirava brechó. Mesmo assim me vesti, pois estava frio e não mais ligava para opiniões alheias: estava acostumado com grandes olhos de diamantes me perseguindo até o caminho de casa – para eles eu era um “Mano Mendigo”.
Chegando em casa –num dia muito frio – abri minha garrafa de vinho chileno e peguei uma fatia de pizza fria na geladeira: bastou um toque de óleo de oliva –português – que a pizza de milho ficou ótima. Apesar dos meus sapatos jogados pelos cantos do meu “cubículo habitável”, parecia um palácio!
Conversando com meu amigo imaginário: recebemos muitas vozes roteiristas de filmes ou novelas – tipo mexicana -. Criamos coisas absurdas, sobre um lutador de boxe que lutava para ver sua filha novamente, ou então aquela diretora de escola primária, que carregava um puto processo nas costas...
A criatividade foi nula, mas mesmo assim recebemos novos temas que serão detalhados nos próximos capítulos de nossos devaneios novelísticos...
Aguarde! Um mundo de inutilidades contemporâneas irá habitar em sua cabeça de vento...

Monday, May 18, 2009

Blues (Não serás manipulado!)


Parte II
Neste momento ela se prepara para um agradável e tardio sono. Deixou a luz do banheiro acesa e me deixou só, curtindo um som do Muddy Waters: Hoochie Coochie Man!
Blues é sempre uma boa solução: para os padeiros que aguardam o efeito do fermento sobre o pão e para os motoristas de circular, que necessitam dispensar o “suor do trampo” em uma gélida noite de inverno. Tudo bem! Vou curtir meu blues e mudar de assunto...
Parte I
Não estava tenso e nem preocupado, simplesmente esperei que as palavras saíssem – na base do improviso – e que minhas mãos involuntariamente gesticulassem para dar maior ênfase ao concerto: com um generoso grupo de pessoas no auditório e um “sábio “que esperava a hora de vetar a criatividade alheia.
Falávamos sobre tortas e geléias: muitas palavras saiam hilariantes, algumas saiam gaguejadas. Todos observavam com leves sorrisos, mas o “sábio” se comportava com muita cautela – coisas de grandes profissionais. Apenas deixei que a lua entrasse pela janela, para guiar meu verbo...
Missão cumprida! Todos estão dispensados! Mas antes de nos despedirmos, ouvimos - através de uma voz sutil e impiedosa - fortes palavras “construtivas” e eficazes para aqueles que amam o que executam, em noites que para mim são “parcialmente inúteis”.
Vou dormir ignorando minha “desonestidade”, pois sei que esta, neste momento, é a solução para meu papel...

Friday, May 15, 2009

Passeio pelas Pirâmides


Preciso de um saco cheio de papéis e contos de fadas, para mesclar a fantasia - que ainda pode estar presente- com as normas que ainda me regem.
Foi como qualquer outro: Luzes, ruídos e chamados. E mesmo com o mísero sangue que saiu de minha mão direita, prossegui como se nada tivesse ocorrido. Apenas fechei meus olhos e continuei em meu labor, sem olhar para os lados e sempre pensando em estar por aí...
Mas agora, preciso que você comigo, para um passeio pelas pirâmides. Vamos enriquecer a luz solar! Seja você, cada grão de areia daquele imenso deserto. Eu farei tudo virar água mineral! Cada palmo será novo e cada povoado será como nós sempre fomos.
Foi como qualquer outro: Luzes, ruídos e chamados. E mesmo com o mísero sangue que saiu de minha mão direita, prossegui como se nada tivesse ocorrido. Apenas fechei meus olhos e continuei em meu labor, sem olhar para os lados e sempre pensando em estar por aí...
Sem perder meu baixo teor de inocência: saí para procurar pessoas que praticavam o bem - aquelas que sob o sol, cultivam a terra que a tantos alimenta. Encontrei vários sacos de grãos de areia. Entrei em desespero! Perdi a noção que você tanto me ensinou a cultivar, dentro do pequeno inferno que existe em minha caixa de pensamentos – preciosa caixa.

Wednesday, May 13, 2009

No Lugar das Janelas


Mosaicos coloridos brilham em estatuetas de elefantes e gatos - ou girafas? -, sobre o som de 300 watts de potência. Na mesma fração de segundo, um gnomo feito a mão olha fixamente para meu busto de gelo...

Agora temos boas panelas de inox: assim, poderemos convidar vocês para um jantar à luz de velas, com direito a taças de vinho e guardanapos de seda. Posso planejar tudo em dois minutos!

Acredite! Amanhã será um dia apropriado e renderá um bom proveito. Mesmo assim, você vai se recordar dos dias que passaram: possívelmente vai virar a mesa, cuspir - ou vomitar - no chão e correr sem excusar-se.

Sempre sobrevivo ao anoitecer de uma segunda-feira: minha cabeça sempre recupera seu devido lugar, e por mais que pareça retardar, minha capacidade de rir das coisas, aumenta cada vez mais...

Sou mais que represento ser...

Eu sei!