Tuesday, July 14, 2009

Maçã de "Prástico"

Ele arruma suas malas para um passeio semanal. Dorme após tentar ler um livro de bolso e ouvir “ A Day In The Life” dos Beatles – linda canção por sinal. A coca-cola será apenas um refresco suave ou um remédio para velhinhos e as maçãs serão de plástico seco: talvez semana que vem elas ainda sejam reais.
Tomando medidas para sair aliviado ele ouviu palavras de rascunho, que nada causaram. É apenas uma vírgula mal colocada ou uma respiração presa. Como muitas pessoas já sabem, ele não gosta de passeios repetitivos. Curte o simples canto de um pássaro e o desconforto de um “acamps” entre pessoas de mente não televisionada. É gostoso ser simples e causar diversão para si!
Somos queridos por nossa utilidade, mas nunca lembrados por nossa personalidade. Sentimos medo de revelar quem realmente somos. Preferimos encarar a vida mascarados e bem vestidos, pois somos apenas idade, utilidade, futilidade, eventualidade...
Crescemos, perdendo tempo com orações e crendo em uma imagem que nunca nos ofereceu sua imagem e semelhança. Acreditamos em ideais limitados e banidos pela ciência. A maçã não passava de um fruto...

Tuesday, July 07, 2009

Planos


Somente uma semente pode servir de base para um novo rótulo - coisas modernas - e alimentar o anti-conservadorismo...

As roupas ousam liberar estímulos dentro de jovens mentes confusas. Ninguém mais sabe como descascar uma laranja e fazer suco com a mesma. Todos os medicamentos estão ao alcance de crianças. Os raticidas por todos os cantos da casa, a disposição dos animais de estimação.

Faltam muitas festas de quintais, sendo que as poucas que temos, apenas servem para deixar tudo no papel. Carecemos de conclusões, mas sabemos muito bem que com ou sem nós, o Rock'n'Roll teme sua própria vida...


Ouvindo: Tom Petty & The Heartbreakers - Mystery man

Tuesday, May 26, 2009

Ponteiros Congelados


Precisamos volta para a terra, quando perdemos tempo demais em netuno, saturno ou qualquer outro planeta por aí...
É saboroso ver tudo limpo ao seu redor, ver tudo transparente, organizado, purificado. Quando finjo me acostumar com a bagunça ao redor, descubro que posso ter sido um gari. Não neste mundo. Claro que não! E garis – em sua maioria – estão saturados de folhas secas, garrafas e sacos de compra. Mas suponho que há um espírito de diversão nesta desgastante atividade.
Pratos limpos? Com certeza! Passar esponja ensaboada na louça uma vez, sempre deixa resíduo de gordura animal, vegetal... Prefiro repassar a louça. Mesmo assim sempre a “falsa” visão de gordura me persegue. Louça, limpeza... Papo de “mulherzinha”? Não! Somos homens da era contemporânea, somos cada vez menos machistas. Igualdade laboral é o que há! Mesmo assim, não pretendo vir a lavar roupas...
Com certeza elas querem muitas flores. Querem um mundo de cores, luzes e flores de diversas espécies. Mas eu quero um pouco de fogo, para meditar, para sonhar e contar estrelas...
Crateras se abrem ao redor do meu caminho: muita terra, cimento e tubos de concreto. Além de árvores decepadas, em prol ao urbanismo. E viva o futuro!
Mas preciso do passado, que não devia ter passado sem deixar tempo para o expresso presente. Quero árvores centenárias, para contar folhas que caírem. E observar a vassoura do gari, varrendo sem direção exata...
Quero celebrar ao redor da fogueira, quero ouvir Bob Dylan e aprender a tocar gaita de boca. Vou viver com o mesmo tempo do passado. Congelar os ponteiros em formas de gelo e beber uísque com este gelo. Apenas quero sentir o vento agitar os papéis do trabalho, antes de sonhar com uma lua de diamantes...
Foto: Lu "Coração" Fronza

Saturday, May 23, 2009

Polvo


Este é o polvo gigante, que vive no horizonte e que pega passe para embarcar no latão. Consegue abranger todos os seus sonhos, toma café com o presidente e pilota um caça simultaneamente. Suas cortinas se movem através dos tentáculos infernais
A criatividade de sua infância fora sabotada, mas ele ignorou e prosseguiu vendendo produtos vagabundos e criando “palitos” para enlouquecer a mente feminina. Continua interrompendo sua vida, com promessas de um capítulo ainda mais emocionante e críticas políticas, ainda mais construtivas.
O polvo te convida para dançar, mas lhe oferece vários “braços gêmeos”: sua cabeça opta pela direita, por ser a única opção clonada e “sorridente”.
Você me faz pensar em tomar um sorvete. Você me ensina a contar os fios do cabelo e me desconecta novamente dos braços do polvo. Preciso sentir tudo o que há em sua pele e ouvir o som de seu assobio...
Estou fisgado na tangerina podre, mas você sabe muito bem como fazer um nutritivo suco de tangerinas podres ou então limonada suíça. Água e frutas me causam confusão, pois não entendo de medidas, a não ser de medidas provisórias, para benefícios de curto prazo.
Preciso beber um chá digestivo, ou qualquer droga que alivie minha azia: há um “inferno aziático” para bloquear um sorriso forçado...

Thursday, May 21, 2009


Ler: No Lugar das Janelas

Wednesday, May 20, 2009

Mente Novelística

Comprei um belo suéter para trabalhar, mas ele estava furado e cheirava brechó. Mesmo assim me vesti, pois estava frio e não mais ligava para opiniões alheias: estava acostumado com grandes olhos de diamantes me perseguindo até o caminho de casa – para eles eu era um “Mano Mendigo”.
Chegando em casa –num dia muito frio – abri minha garrafa de vinho chileno e peguei uma fatia de pizza fria na geladeira: bastou um toque de óleo de oliva –português – que a pizza de milho ficou ótima. Apesar dos meus sapatos jogados pelos cantos do meu “cubículo habitável”, parecia um palácio!
Conversando com meu amigo imaginário: recebemos muitas vozes roteiristas de filmes ou novelas – tipo mexicana -. Criamos coisas absurdas, sobre um lutador de boxe que lutava para ver sua filha novamente, ou então aquela diretora de escola primária, que carregava um puto processo nas costas...
A criatividade foi nula, mas mesmo assim recebemos novos temas que serão detalhados nos próximos capítulos de nossos devaneios novelísticos...
Aguarde! Um mundo de inutilidades contemporâneas irá habitar em sua cabeça de vento...

Monday, May 18, 2009

Blues (Não serás manipulado!)


Parte II
Neste momento ela se prepara para um agradável e tardio sono. Deixou a luz do banheiro acesa e me deixou só, curtindo um som do Muddy Waters: Hoochie Coochie Man!
Blues é sempre uma boa solução: para os padeiros que aguardam o efeito do fermento sobre o pão e para os motoristas de circular, que necessitam dispensar o “suor do trampo” em uma gélida noite de inverno. Tudo bem! Vou curtir meu blues e mudar de assunto...
Parte I
Não estava tenso e nem preocupado, simplesmente esperei que as palavras saíssem – na base do improviso – e que minhas mãos involuntariamente gesticulassem para dar maior ênfase ao concerto: com um generoso grupo de pessoas no auditório e um “sábio “que esperava a hora de vetar a criatividade alheia.
Falávamos sobre tortas e geléias: muitas palavras saiam hilariantes, algumas saiam gaguejadas. Todos observavam com leves sorrisos, mas o “sábio” se comportava com muita cautela – coisas de grandes profissionais. Apenas deixei que a lua entrasse pela janela, para guiar meu verbo...
Missão cumprida! Todos estão dispensados! Mas antes de nos despedirmos, ouvimos - através de uma voz sutil e impiedosa - fortes palavras “construtivas” e eficazes para aqueles que amam o que executam, em noites que para mim são “parcialmente inúteis”.
Vou dormir ignorando minha “desonestidade”, pois sei que esta, neste momento, é a solução para meu papel...

Friday, May 15, 2009

Passeio pelas Pirâmides


Preciso de um saco cheio de papéis e contos de fadas, para mesclar a fantasia - que ainda pode estar presente- com as normas que ainda me regem.
Foi como qualquer outro: Luzes, ruídos e chamados. E mesmo com o mísero sangue que saiu de minha mão direita, prossegui como se nada tivesse ocorrido. Apenas fechei meus olhos e continuei em meu labor, sem olhar para os lados e sempre pensando em estar por aí...
Mas agora, preciso que você comigo, para um passeio pelas pirâmides. Vamos enriquecer a luz solar! Seja você, cada grão de areia daquele imenso deserto. Eu farei tudo virar água mineral! Cada palmo será novo e cada povoado será como nós sempre fomos.
Foi como qualquer outro: Luzes, ruídos e chamados. E mesmo com o mísero sangue que saiu de minha mão direita, prossegui como se nada tivesse ocorrido. Apenas fechei meus olhos e continuei em meu labor, sem olhar para os lados e sempre pensando em estar por aí...
Sem perder meu baixo teor de inocência: saí para procurar pessoas que praticavam o bem - aquelas que sob o sol, cultivam a terra que a tantos alimenta. Encontrei vários sacos de grãos de areia. Entrei em desespero! Perdi a noção que você tanto me ensinou a cultivar, dentro do pequeno inferno que existe em minha caixa de pensamentos – preciosa caixa.

Wednesday, May 13, 2009

No Lugar das Janelas


Mosaicos coloridos brilham em estatuetas de elefantes e gatos - ou girafas? -, sobre o som de 300 watts de potência. Na mesma fração de segundo, um gnomo feito a mão olha fixamente para meu busto de gelo...

Agora temos boas panelas de inox: assim, poderemos convidar vocês para um jantar à luz de velas, com direito a taças de vinho e guardanapos de seda. Posso planejar tudo em dois minutos!

Acredite! Amanhã será um dia apropriado e renderá um bom proveito. Mesmo assim, você vai se recordar dos dias que passaram: possívelmente vai virar a mesa, cuspir - ou vomitar - no chão e correr sem excusar-se.

Sempre sobrevivo ao anoitecer de uma segunda-feira: minha cabeça sempre recupera seu devido lugar, e por mais que pareça retardar, minha capacidade de rir das coisas, aumenta cada vez mais...

Sou mais que represento ser...

Eu sei!


Friday, April 24, 2009

Stammtisch


Estou pensando no dia que ainda esta por vir. Recorto dentro de minha cabeça, as cenas que provavelmente irei fotografar – na mente – e tanto “admirar”: alguns cães mansos, farejando comida no chão, uma madame contando suas vantagens materiais, um ilustre senhor “da nata” abraçando um “bêbado anônimo” – possivelmente seu soldado raso – e alguns valentões que adoram um som fuleiro no último volume e se divertem com uma briga banal, ou com as coxas da mulher alheia.
Tudo é tão legal! E com toda certeza, preciso marcar presença neste clube de entrada livre. Depois de beber muita cerveja barata e estourar meus tímpanos com muito “sertanojo universitário”. Como diria Flávio Basso: precisarei de pessoas que curtam Syd Barrett e os Beatles...
Primeiro quero deitar no chão da sala, para observar o lustre girar...

Wednesday, April 15, 2009

Agreste Sulino


A pressa me revela seu segredo, mesmo quando estou de boa. Meu dia foi banhado pelas águas da chuva invisível, iluminado pelo cinza céu e sagrado pelo labor caseiro – não totalmente caseiro.
Um caneco cheio de cerveja barata e um som muito louco: Paebirú, por Lula Cortez e Zé Ramalho, me levou ao agreste nordestino, entre amanitas e holofotes celestiais. Uma loucura estática e utópica, porém muito eficiente para uma situação solitária e ineficaz para meu mundo.
Leve cansaço e poucas palavras para conversar com o espelho: tão natural, envolto na véspera de um feriado “tão banal”. Não restava mais solução, a não ser, tentar dormir sem ter hora para acordar...

Thursday, April 02, 2009

Universo Adesivo


Jogos gratuitos me levam ao fundo do rio. E os mesmo jogos, me levam ao fundo do mar, do lago, da terra...
Boas risadas! Todos se alimentaram muito bem: uma costela bovina assada e uma boa maionese de molho caseiro foram o suficiente, para esvaziar mais latas de cerveja.
Em uma batalha, onde todos permanecem sentados, pode ser a fatalidade – língua solta – para mais uma noite de “diversão”. Mesmo que o silencio cumpra seu dever.
Fiquei parado, observando o movimento de árvores distantes, com seus velhos galhos caindo no chão movediço. Todos os galhos desapareceram, juntamente com minha ilusão.
No mesmo momento, – sentado em uma cadeira de praia - minhas pernas eram absorvidas pelo chão de cimento. Relaxei o bastante, para sentir a alegria daquela música.
Gostamos muito do outro mundo! Era divertido, e não havia ventania que derrubasse aquelas árvores: a natureza era fixada permanentemente em seu eixo – os pássaros eram felizes colados ao chão.

(texto “praticamente” sem sentido real)

Monday, March 30, 2009

Laranjada


A liga da massa está na cultura de quem faz: pescadores, de influências alheias, tendem a dificultar o processo de produção.
O elemento provoca uma série de risos, para uma outra legião de imbecis, que aplaudem de pé. Todos se divertem muito, mesmo quando não há graça ou cores.
Estava pensando no dia que passou: e os projetos de pessoas, com suas faces sorridentes e infinitas gargalhadas... O suco de laranja passou quase despercebido, dentro do copo de vidro: a frente dos óculos escuros, só havia imagens - e nada mais.
O segredo, para que haja liga nesta massa é: ao menos tentar ser próprio.

Tuesday, March 24, 2009

Supor que é bom

Não consigo fazer mais nada para evoluir. Todo esforço é em vão. Justamente por não ser praticado: não vale a pena lutar por algo que realmente não me agrada.
Saber que está tudo aos trancos e barrancos é a obvia realidade. Não adianta me escabelar ou pular da escada...
Não reconheço mais o sentido para tudo isto. Quanto mais procuro aprimorar-me, mais percebo que sou simplesmente regular.
O importante é enrolar: fazer de tudo para o próprio bem estar e representar ser virtuoso, sagaz é hábil. Limitações, são temas para sonhos maléficos. E nada mais...

Sunday, March 22, 2009

Branco



O seu passatempo é colher flores de árvores frutíferas. O que realmente o diverte, é o sorriso padrão, vindo do belo rosto da moça da venda. Como se a vida fosse bela em seu amor platônico: não havendo outro rosto ou outro corpo suficiente, para o seu prazer.
As ruas, cobertas de santinhos e adesivos de candidatos políticos, servem de prática para o grande trabalho de limpar a terra sob seus pés. Fingir que os problemas são pequenos e tão detalhados, o torna ainda mais sutil para a visão de outrem.
Sobre sua bicicleta, o mundo representa-se tão puro! As flores nos bosques, parecem tão belas... Sua inocência é tão nociva, seu respirar é tão fadigoso. Ele carece, de minutos próprios, para refletir sobre: a razão da disputa humana pela sua presa.
Não vive entre faixas e estrondos, não vê o cinza céu, porém, sente-se um grande culpado por ser um eterno hipócrita!

Wednesday, March 18, 2009

Retorno!

Logo Volto, ou Volto Logo!
Faz tempo que não passo por aqui...

Com novas idéias e novos divertimentos bacanas, há um caminho que feito de flores belas e coloridas. Simplesmente os caminhos são longos e tão distantes. Enquanto a virtuosidade da cabeça humana, me decepciona mais, a cada dia que passa despercebido.
É tão tolo desperdiçar quatro - ou cinco - anos de uma vida: conhecer pessoas que não adicionaram nada, praticar um estudo por algo que não faz parte - em partes, é claro - da sua vida, sem receber alguma recompensa. Esvaziar o saco seria uma boa!
Enfim: logo haverá um fim. Quem sabe em breve, poderei caminhar descalço sobre a rua de flores, sem dores no calcanhar e sem o peso gratuíto...