Friday, April 24, 2009

Stammtisch


Estou pensando no dia que ainda esta por vir. Recorto dentro de minha cabeça, as cenas que provavelmente irei fotografar – na mente – e tanto “admirar”: alguns cães mansos, farejando comida no chão, uma madame contando suas vantagens materiais, um ilustre senhor “da nata” abraçando um “bêbado anônimo” – possivelmente seu soldado raso – e alguns valentões que adoram um som fuleiro no último volume e se divertem com uma briga banal, ou com as coxas da mulher alheia.
Tudo é tão legal! E com toda certeza, preciso marcar presença neste clube de entrada livre. Depois de beber muita cerveja barata e estourar meus tímpanos com muito “sertanojo universitário”. Como diria Flávio Basso: precisarei de pessoas que curtam Syd Barrett e os Beatles...
Primeiro quero deitar no chão da sala, para observar o lustre girar...

Wednesday, April 15, 2009

Agreste Sulino


A pressa me revela seu segredo, mesmo quando estou de boa. Meu dia foi banhado pelas águas da chuva invisível, iluminado pelo cinza céu e sagrado pelo labor caseiro – não totalmente caseiro.
Um caneco cheio de cerveja barata e um som muito louco: Paebirú, por Lula Cortez e Zé Ramalho, me levou ao agreste nordestino, entre amanitas e holofotes celestiais. Uma loucura estática e utópica, porém muito eficiente para uma situação solitária e ineficaz para meu mundo.
Leve cansaço e poucas palavras para conversar com o espelho: tão natural, envolto na véspera de um feriado “tão banal”. Não restava mais solução, a não ser, tentar dormir sem ter hora para acordar...

Thursday, April 02, 2009

Universo Adesivo


Jogos gratuitos me levam ao fundo do rio. E os mesmo jogos, me levam ao fundo do mar, do lago, da terra...
Boas risadas! Todos se alimentaram muito bem: uma costela bovina assada e uma boa maionese de molho caseiro foram o suficiente, para esvaziar mais latas de cerveja.
Em uma batalha, onde todos permanecem sentados, pode ser a fatalidade – língua solta – para mais uma noite de “diversão”. Mesmo que o silencio cumpra seu dever.
Fiquei parado, observando o movimento de árvores distantes, com seus velhos galhos caindo no chão movediço. Todos os galhos desapareceram, juntamente com minha ilusão.
No mesmo momento, – sentado em uma cadeira de praia - minhas pernas eram absorvidas pelo chão de cimento. Relaxei o bastante, para sentir a alegria daquela música.
Gostamos muito do outro mundo! Era divertido, e não havia ventania que derrubasse aquelas árvores: a natureza era fixada permanentemente em seu eixo – os pássaros eram felizes colados ao chão.

(texto “praticamente” sem sentido real)